Abri uma janela quente
- Jaime Lucas Pires
- 30 de mai. de 2020
- 1 min de leitura

Abri uma janela quente
E passei por ela para ver um novo mundo
Queimei-me um bocadinho
Mas não faz mal,
Porque ele estava lá
O novo mundo
No topo de uma chaminé fumarenta
Entre as saudades e as cinzas
Que entre compassos
E notas de um clarinete
Subiam para o céu,
para nunca mais serem vistas
Mas quando choveu,
Quando eu te voltei a ver depois de todo este tempo que para sempre acaba,
Essas mesmas cinzas caíram e eu agarrei-as e guardei-as no bolso
As saudades não caíram,
E eu acho que elas desapareceram.
Commenti