Caminhada para o Sol
- Rosarinho Moreira Rato
- 20 de out. de 2020
- 1 min de leitura

Caminho para o sol
Que me queima
Mas eu não sinto
Não sinto nada.
Nada me sente
Ando ausente
Uma vida meio apagada
Por uma borracha muito usada
Nas mãos de alguém talvez
Que sem saber o que fez
Fez de mim um desenho perdido
(E desenhou por cima)
Se existe um equilíbrio
Devo ser desequilibrada
Não sirvo para nada.
Quero ser útil
Fazer algo da minha existência inútil
Ser mais que Sísifo a subir a montanha
Mais um inseto preso na teia de aranha
Mas vou escrevendo, vou pintando
E a vida vai andando.
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